É um tipo de câncer do sangue, resultante de uma alteração no DNA das células-tronco em uma linhagem de glóbulos brancos (as chamadas células mieloides). Isso significa que o material genético das células responsáveis por dar origem a todos os componentes do nosso sangue sofre alguma mutação e, por acometer os glóbulos brancos, prejudica o sistema de defesa de corpo. O que ocorre são translocações de pedaços entre cromossomos, perda de partes de algum deles, inversões do DNA ou outras alterações nos genes, mas nem todos os casos de leucemia mieloide aguda apresentam as mesmas características. Diversas pesquisas estão em curso, estudando as mutações para que novas terapias direcionadas a alterações específicas sejam desenvolvidas.
A diferença fundamental entre as leucemias agudas e crônicas está na maturidade das células clonais defeituosas: nas agudas, elas são imaturas, os chamados blastos, que se desenvolvem rapidamente e não conseguem manter sua função principal, a de defesa do organismo. Sendo assim, elas se acumulam dentro da medula óssea, bloqueando a formação dos demais componentes do sangue (por isso, é muito comum o paciente apresentar anemia e queda brusca na contagem de células responsáveis pela coagulação do sangue e pela defesa do organismo). É muito importante que os pacientes sejam classificados de acordo com sua doença e que leucemia não seja considerada sempre a mesma, já que há tratamentos específicos para diferentes casos. Já o objetivo é o mesmo: combater e destruir as células leucêmicas, fazendo com que a produção da medula óssea volte ao normal.
Se você foi diagnosticado com leucemia mieloide aguda, não se desespere! A maioria dos pacientes se cura, principalmente quando o diagnóstico é rápido. O especialista saberá encaminhá-lo para o tratamento mais certeiro.