Célula-tronco (ou célula-mãe) é uma célula indiferenciada, capaz de se transformar em quaisquer outros tipos de células que formam os diferentes tecidos do corpo-humano. "Por isso, elas são capazes também de regenerar órgãos e tecidos lesionados, promovendo a recuperação dos mesmos, tipo de tratamento chamado de terapia celular", explica o médico e pediatra Carlos Alexandre Ayoub, diretor do Centro de Criogenia Brasil (CCB), em São Paulo. Atualmente, esse tipo de terapia é utilizado no tratamento de doenças derivadas do sangue, como leucemia e outras anemias. "Outras estão em fase de pesquisa e apresentando bons resultados, como diabetes tipo 1, cirrose, insuficiência cardíaca, infarto, esclerose múltipla, traumatismo de medula, Alzheimer e Parkinson".
Existem três fontes principais de células-tronco no corpo humano: as embrionárias, as da medula óssea do adulto e as do sangue do cordão umbilical. "As primeiras são polêmicas, pois para seu uso é necessário destruir o embrião", explica. Já as células da medula óssea podem ser obtidas de duas maneiras: com procedimento cirúrgico ou uso de quimioterápicos. "O procedimento cirúrgico pode causar um grande desgaste no osso, levando a problemas futuros, como fraturas e osteoporose. E não pode ser feito quando o paciente tem doenças prévias ou antecedentes como alcoolismo ou uso de drogas", diz o médico. O uso de quimioterápicos estimula uma grande produção da medula, fazendo as células-tronco extravazar para o sangue periférico. "Também é muito arriscado, pois além de usar medicamentos fortes, que provocam efeitos colaterais, poderia levar a uma disfunção da medula óssea", avalia o médico.
A retirada das células-tronco do sangue do cordão umbilical, por sua vez, é feita no momento do nascimento do bebê. "É quando essas células estão migrando do fígado e do baço para a medula óssea, e se consegue coletar um grande número delas (mais de 500 milhões), o suficiente para pelo menos um tratamento", conta Carlos Ayoub. Ele explica que o processo não é invasivo nem doloroso, pois não se toca no bebê nem na mãe.
A coleta é feita logo após o nascimento do bebê, ainda na sala de parto. "Quando o obstetra corta o cordão umbilical, faz-se uma punção na veia e na artéria nele existentes. Todo o sangue contido entre a punção e a placenta é transferido para uma bolsa estéril própria para a coleta", explica Ayoub. O material coletado tem entre 70ml e 150ml e é encaminhado a um laboratório, onde é processado e congelado em nitrogênio líquido. "Pesquisas mostram que materiais biológicos, como as células-tronco, quando armazenados a uma temperatura de -133º Celsius, têm uma pausa em seu metabolismo, podendo ser reativadas após tempo indefinido para o uso".
No Brasil, existem cerca de dez bancos privados de armazenamento de células-tronco do cordão umbilical e dois públicos - um em São Paulo, no Hospital Israelita Albert Einstein, e outro no Rio de Janeiro, na sede do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Nos bancos privados, a pessoa precisa pagar uma taxa para a coleta, processamento e congelamento das células, além de uma mensalidade para manutenção. Elas ficam disponíveis somente para o doador. Já os bancos públicos disponibilizam as unidades imediatamente para quaisquer pacientes brasileiros que precisem de transplante de medula óssea e não tenham um doador familiar.
A coleta é feita logo após o nascimento do bebê, ainda na sala de parto. "Quando o obstetra corta o cordão umbilical, faz-se uma punção na veia e na artéria nele existentes. Todo o sangue contido entre a punção e a placenta é transferido para uma bolsa estéril própria para a coleta", explica Ayoub. O material coletado tem entre 70ml e 150ml e é encaminhado a um laboratório, onde é processado e congelado em nitrogênio líquido. "Pesquisas mostram que materiais biológicos, como as células-tronco, quando armazenados a uma temperatura de -133º Celsius, têm uma pausa em seu metabolismo, podendo ser reativadas após tempo indefinido para o uso".
No Brasil, existem cerca de dez bancos privados de armazenamento de células-tronco do cordão umbilical e dois públicos - um em São Paulo, no Hospital Israelita Albert Einstein, e outro no Rio de Janeiro, na sede do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Nos bancos privados, a pessoa precisa pagar uma taxa para a coleta, processamento e congelamento das células, além de uma mensalidade para manutenção. Elas ficam disponíveis somente para o doador. Já os bancos públicos disponibilizam as unidades imediatamente para quaisquer pacientes brasileiros que precisem de transplante de medula óssea e não tenham um doador familiar.