Sempre ligado a pensamentos negativos, os sintomas podem aparecer com obsessão por limpeza, acúmulo de objetos, repetições de atitudes e palavras, contagens ou até insegurança. “O caso mais grave que já presenciei foi um paciente que tinha compulsão por limpeza e tomava cerca de 40 banhos por dia com inúmeros sabonetes. Ele acreditava que o ar estava contaminado, então saia do chuveiro e já entrava de novo. A pele começou a rachar e sangrar”, conta a psicanalista Priscila Gasparini.
Mas afinal, qual a diferença de TOC e mania? O que causa o problema? O transtorno tem tratamento? Para responder essas e outras perguntas, contou com a ajuda de Priscila e da psiquiatra Ana Gabriela Hounie, do Programa Transtorno Obsessivo Compulsivo do Instituto de Psiquiatria do Hospital do Coração, e tirou as principais dúvidas sobre o TOC. Confira a seguir.
O que é o Transtorno Obsessivo Compulsivo?
É um transtorno de ansiedade que vem acompanhado de alterações de comportamento, preocupações excessivas e medo. “As obsessões são ideias que surgem na mente e as pessoas não conseguem tirar por mais absurdas que sejam. Já as compulsões são medidas que elas tomam para afastar essas ideias. O TOC é a união das duas. Por exemplo, para evitar que alguém morra, o paciente fecha a torneira oito vezes, mesmo que isso não faça o menor sentido”, explica Ana.
É um transtorno de ansiedade que vem acompanhado de alterações de comportamento, preocupações excessivas e medo. “As obsessões são ideias que surgem na mente e as pessoas não conseguem tirar por mais absurdas que sejam. Já as compulsões são medidas que elas tomam para afastar essas ideias. O TOC é a união das duas. Por exemplo, para evitar que alguém morra, o paciente fecha a torneira oito vezes, mesmo que isso não faça o menor sentido”, explica Ana.
Qual a diferença entre TOC e mania?
Podem parecer iguais, mas TOC e mania agem de maneiras diferentes. As manias são comportamentos repetitivos, gerados por crenças ou superstições. Segundo Priscila, é normal ter algumas manias e elas até ajudam a organizar a rotina. “O problema, porém, é quando os sintomas se agravam e viram um TOC, caracterizado pela presença de obsessões ou compulsões recorrentes e tão severas para fazer com que o paciente passe a ocupar boa parte do tempo com elas, causando muito desconforto e comprometimento de seu cotidiano”.
Podem parecer iguais, mas TOC e mania agem de maneiras diferentes. As manias são comportamentos repetitivos, gerados por crenças ou superstições. Segundo Priscila, é normal ter algumas manias e elas até ajudam a organizar a rotina. “O problema, porém, é quando os sintomas se agravam e viram um TOC, caracterizado pela presença de obsessões ou compulsões recorrentes e tão severas para fazer com que o paciente passe a ocupar boa parte do tempo com elas, causando muito desconforto e comprometimento de seu cotidiano”.
É comum ter TOC?
Sim, o problema é mais comum do que se imagina. De acordo com Priscila, em média, um em cada 50 indivíduos apresentam TOC. No Brasil, estima-se que existem 3 a 4 milhões de portadores, mas muitos ainda não foram diagnosticados ou tratados, apesar de terem suas vidas e rotinas comprometidas gravemente.
Sim, o problema é mais comum do que se imagina. De acordo com Priscila, em média, um em cada 50 indivíduos apresentam TOC. No Brasil, estima-se que existem 3 a 4 milhões de portadores, mas muitos ainda não foram diagnosticados ou tratados, apesar de terem suas vidas e rotinas comprometidas gravemente.
Quais são as causas do TOC?
As causas da doença ainda são estudadas por especialistas, mas ela pode surgir por vários motivos, como fatores genéticos, psicológicos e culturais. “O TOC aparece com mais frequência em pessoas que já tiveram casos na família, principalmente de parente próximos. Além disso, também pode ter um fator ambiental. Por exemplo, se criança tem uma mãe com TOC, o filho tende a aprender e copiar o comportamento”, declara Ana.
As causas da doença ainda são estudadas por especialistas, mas ela pode surgir por vários motivos, como fatores genéticos, psicológicos e culturais. “O TOC aparece com mais frequência em pessoas que já tiveram casos na família, principalmente de parente próximos. Além disso, também pode ter um fator ambiental. Por exemplo, se criança tem uma mãe com TOC, o filho tende a aprender e copiar o comportamento”, declara Ana.
Existe uma idade em que o problema aparece com mais frequência?
Sim. O TOC aparece com mais frequência durante a infância e anos, depois, na vida adulta. “O TOC muitas vezes se inicia entre 9 e 11 anos, mas a frequência maior se dá principalmente em indivíduos jovens até os trinta anos, podendo durar a vida toda”, afirma a psicanalista. Também vale lembrar que o problema é mais comum em homens.
Sim. O TOC aparece com mais frequência durante a infância e anos, depois, na vida adulta. “O TOC muitas vezes se inicia entre 9 e 11 anos, mas a frequência maior se dá principalmente em indivíduos jovens até os trinta anos, podendo durar a vida toda”, afirma a psicanalista. Também vale lembrar que o problema é mais comum em homens.
Quais são os sintomas mais comuns?
Os sintomas do TOC são comportamentos voluntários e repetitivos executados em resposta a regras criadas pelo paciente, que devem ser seguidas rigidamente. De acordo com as especialistas, os exemplos mais comuns são lavar as mãos, fazer verificações, contar, repetir frases ou números, alinhar, guardar ou armazenar ou repetir perguntas.
Os sintomas do TOC são comportamentos voluntários e repetitivos executados em resposta a regras criadas pelo paciente, que devem ser seguidas rigidamente. De acordo com as especialistas, os exemplos mais comuns são lavar as mãos, fazer verificações, contar, repetir frases ou números, alinhar, guardar ou armazenar ou repetir perguntas.
“As compulsões aliviam momentaneamente a ansiedade, levando o indivíduo a executá-las toda vez que sua mente é invadida por uma obsessão acompanhada de aflição. Nem sempre têm conexão realística com o que desejam prevenir. Por exemplo, alinhar os chinelos ao lado da cama antes de deitar para que não aconteça algo de ruim no dia seguinte”, avalia Priscila.
Como é feito o diagnóstico?
Assim que o paciente notar alguns sintomas da doença, deve procurar um psicólogo para avaliar o grau do transtorno.
Tem tratamento? Como é feito?
Sim, o TOC tem tratamento e é feito com uma combinação de medicamentos antidepressivos e psicoterapia. O tratamento começa a fazer efeito entre um e três meses e pode durar por anos, dependendo da gravidade do caso. Para alguns pacientes, com obsessões e compulsões mais graves, as medidas devem ser administradas por toda a vida.
Assim que o paciente notar alguns sintomas da doença, deve procurar um psicólogo para avaliar o grau do transtorno.
Tem tratamento? Como é feito?
Sim, o TOC tem tratamento e é feito com uma combinação de medicamentos antidepressivos e psicoterapia. O tratamento começa a fazer efeito entre um e três meses e pode durar por anos, dependendo da gravidade do caso. Para alguns pacientes, com obsessões e compulsões mais graves, as medidas devem ser administradas por toda a vida.