quarta-feira, 20 de março de 2013

Maçã: um super alimento!!!


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Um ditado muito comum entre americanos e ingleses é de que: comer uma maçã por dia mantém o médico longe! Nada pode ser mais sábio do que este ditado e as pesquisas vem dia após dia comprovar a veracidade do mesmo.
Para a ciência e para a nutrição a maçã é considerada um super alimento com propriedades ativas em todo o organismo e com descobertas recentes que nos deixam cada vez mais maravilhados com esta fruta. No início sabíamos que ela era rica em fibras ( pectina), vitamina C, A, B1, B2, B5, K , água ( 85%) e açúcar (12%) , além de possuir baixas calorias, cerca de 60 calorias em uma maçã média.
A fruta é tão poderosa que é estudada no mundo todo. Seus benefícios a saúde começam pela boca, pois sua mastigação ajuda na limpeza dos dentes e gengiva e sua acidez fluidifica a saliva ajudando na limpeza das cordas vocais.
É uma excelente aliada da saúde da pele pois contém alto teor de água que contribui para a hidratação da mesma, contém vitamina A que combate oxigênio singlet, um potente radical livre produzido pela exposição aos raios UV e relacionado ao fotoenvelhecimento e é campeã em vitamina C que além de ser um excelente antioxidante, atua ativamente na produção de colágeno.
Um trabalho Polonês da Universidade Jagiellonian e publicado na revista European Journal of Cancer Prevention mostrou que a maçã possui atividade anticancerígena, o estudo foi feito avaliando câncer colorretal e mais tarde esta atividade foi confirmada pela Universidade de Cornell nos EUA com células de Ca de mama. Esta proteção se deve a presença de polifenóis presentes em grande quantidade na fruta. Esses componentes neutralizam radicais livres que em excesso atacam o DNA da célula podendo ocorrer a transformação para uma célula cancerígena, além disso indícios apontam que estes mesmos compostos regulariam a ação do gene p53, envolvido no aparecimento de tumores.
Outro composto poderoso presente na maçã é a pectina, fibra insolúvel que é tudo de bom!!!! Ela expande no estomago aumentando a saciedade, diminui a absorção de glicose e gordura no intestino e ainda diminui a absorção de bile o que é um excelente aliado para o controle do colesterol do diabetes, da obesidade e da produção de placas de colesterol nas artérias (aterosclerose).
Além da pectina, outro composto presente na maçã e responsável pela sua coloração, as antocianinas, é um poderoso antioxidante que ajuda no combate ao diabetes tipo 2 segundo estudo publicado no Journal of Clinical Nutrition de 2012. E segundo o Good Housekeeping a fruta tem sido associada a um aumento na acetilcolina, que se comunica entre as células nervosas. Isso faz com que a maçã possa ajudar a memória e diminuir as chances de desenvolver Alzheimer.
Mas a mais nova vedete descoberta nesta fruta poderosa foi feita este ano pela Universidade de Iowa e publicado no periódico médico PLoS ONE . Trata-se do ácido ursólico, substância presente na casca e que mostrou-se em ratos uma potente substância para aumento de massa magra ( músculo) e tecido gorduroso marrom,ambos excelentes termogênicos, ou seja um potente aliado no tratamento da perda de peso. Estudos agora vão dizer qual a quantidade necessária a ser usada em humanos e como funcionária tal quantidade. Estamos torcendo para dar certo.
Agora se o seu problema é perda de peso a maçã, independente do ácido ursólico, já é um potente aliado, isto por causa da pectina, a grande vedete da maçã, consuma uma unidade pequena uns quinze minutos antes das refeições e você vai se sentir bem mais saciado conseguindo reduzir até 200 calorias por refeição.
Mas para aproveitar todas estas propriedades da maçã é preciso que ela seja consumida com casca pois todos estes nutrientes estão presentes em maior quantidade na casca. Para isso dê preferência as orgânicas e quando isto não for possível,  lave-as muito bem para retirar os resíduos orgânicos . Quanto a qualidade, elas diferem apenas no paladar, mas em termos nutricionais são bem parecidas portanto escolha a que mais lhe agrada e saboreie este fruto delicioso sem medo.

AÇÚCAR: UM DOCE VENENO?


Segundo o dicionário, veneno é uma substância que perturba ou destrói as funções vitais. Também se sabe que a diferença entre o remédio e o veneno está na dose. Sendo assim, o açúcar (sacarose) se enquadra bem na definição de veneno se considerarmos seus efeitos e os infindáveis alimentos em que ele está presente e que são consumidos quase que diariamente pela maioria das pessoas: bolachas, pães, molhos, doces, sobremesas, bebidas como refrigerantes, sucos, chás etc.

Para ser metabolizado, o açúcar “rouba” vitaminas do complexo B, bloqueia o metabolismo de minerais como o magnésio, promove descalcificação e torna o estômago e o sangue mais ácidos. Tais eventos podem abrir porta para a osteoporose e para a diminuição das defesas do organismo, além de inflamações.

Quando digerido, o açúcar se transforma rapidamente em glicose e é jogado na corrente sanguínea: o sangue fica com sobrecarga de glicose. Logo, o pâncreas produz muita insulina para jogar a glicose do sangue para dentro da célula. Quando isto acontece, há uma queda brusca de glicose no sangue e uma situação de hipoglicemia que pode gerar ansiedade, nervosismo, dor de cabeça, cansaço, fraqueza, confusão mental ou sono.

Sem sombra de dúvidas, o cérebro é um dos grandes afetados pelo açúcar. Estudos atuais vem demonstrando as conseqüências da sua ingestão habitual: declínio mental, déficit de atenção, diminuição na capacidade de aprendizagem, depressão, síndrome do pânico e instabilidade emocional.

O açúcar também é uma das grandes causas da obesidade, já que a glicose em excesso é depositada na forma de gordura. Estudos comprovam que ele pode atuar no desenvolvimento de diabetes, síndrome metabólica, doenças cardiovasculares e outras enfermidades. Além disso, a sobrecarga de glicose no sangue propicia a formação excessiva de radicais livres, gerando stress oxidativo e, consequentemente, podendo desencadear o envelhecimento precoce, artrite e doenças de Alzheimer e Parkinson.

Sabemos que o produto final da digestão dos carboidratos é a glicose. Então, os outros alimentos que contém carboidratos (massas, pães, frutas etc) desencadearão efeitos semelhantes aos do açúcar? Se forem alimentos refinados (farinhas brancas) os efeitos serão semelhantes aos do açúcar. Mas os alimentos integrais e frutas possuem fibras que aumentam o tempo de trânsito intestinal, aumentam a viscosidade e formam géis que retardam a absorção de glicose, impedindo sua sobrecarga abrupta no sangue bem como a produção excessiva de insulina. E também, os alimentos integrais possuem nutrientes como vitaminas e minerais, que auxiliam na metabolização do alimento sem “roubar” os estoques do corpo.

Isso tudo não é radicalização e sim, a realidade: o açúcar realmente pode pertubar as funções vitais. Reflita sobre tais informações, examine e pense na melhor forma de diminuir ou retirar o açúcar da sua dieta – sinta os benefícios e veja se vale à pena!

Glúten engorda?

Está é mais uma polêmica envolvendo o glúten e até pouco tempo atrás o que sabíamos se resumia a poucos fatos já que existia poucos trabalhos na área e todos ligados a crianças obesas com doença celíaca  Então se você me perguntasse sobre o assunto eu diria que parece que sim, mas...

Eu poderia tentar explicar esta associação através de diversos pontos de vista, mas eram apenas meus pontos de vista, então eu diria:
- Como o glúten forma uma reação imunologia inflamatória e alguns estudos mostram que a inflamação crônica aumenta o tecido adiposo que por sua vez aumenta a inflamação e está inflamação está por detrás do aparecimento da síndrome metabólica, o glúten pode sim ser responsável pelo aumento da obesidade, mas isto explicaria apenas aquela porção da população que tem algum grau de intolerância ao glúten, mas não os que não tem, se bem que a obesidade é multifatorial....
- Eu poderia pensar no fato de que algumas pessoas produzem glúteo morfina que é um opioide que pode levar ao vício, isto é altamente plausível e já constatado pela ciência que o indivíduo obeso é tão dependente da comida como o alcoólatra do álcool e o drogado das drogas, mas o obeso também é viciado em açúcar, então também seria mais uma causa, bem plausível por sinal, mas mesmo assim...
Até que no final do ano passado, meu amigo, dr Frederico Lobo, postou no nosso grupo um artigo que estava fumegando por ter saído do forno naquele momento. 
O artigo em questão, acabará de ser publicado no Journal of Nutritional Biochemestry paceito em 13/ agosto de 2012 e com direitos reservados pela ELSEVIER, uma instituição altamente respeitável. Meu maior espanto e felicidade foi descobri,r quando analisava as credenciais dos autores, que este trabalho foi realizado na Universidade Federal de Minas Gerais, isto deve ser ressaltado para que vocês saibam que nós produzimos material cientifico de qualidade.
Bom mas vamos ao trabalho é lógico que de uma maneira resumida, mas importante de ser conhecida: Os pesquisadores pegaram um grupo de ratos que foi dividido em dois. Estes ratos foram alimentados com uma dieta idêntica em porcentagem de calorias, carboidratos, gorduras e proteínas  Não foi feito restrição na quantidade, portanto a dieta era livre para ambos os grupos, apenas o que diferia entre eles é que num grupo havia a presença de glúten e no outro a dieta era glúten-free. No final do processo estes ratos foram sacrificados e os resultados foram os seguintes: 
- o grupo que foi alimentado com uma dieta contendo glúten apresentou maior quantidade de tecido adiposo, maior grau de inflamação e de resistência insulínica o que foi pouco observado no grupo controle com dieta isenta de glúten. 
Os pesquisadores conseguiram avaliar que os ratos que consumiram uma dieta livre de glúten possuíam um melhor metabolismo dos carboidratos e gorduras com um menor acumulo de triglicerídeos por terem a expressão aumentada de PPARS , sendo que estes estão intimamente ligados ao metabolismo energético, além de terem um menor grau de macrófagos infiltrado no tecido adipotartárico assim como de adesão leucocitária, diminuição das citocinas inflamatórias, dos níveis de PCR, da glicemia, da insulinemia e do índice HOMA. Menor quantidade de lipídeos acumulado no tecido adiposo pois PPAR aumenta a mobilização de lipídeos e oxidação do mesmo favorecendo um menor estoque adipotartárico.
Este trabalho é pioneiro na área e acabou dando respaldo cientifico para que realmente possamos indicar uma dieta livre de glúten para indivíduos obesos.