Está é mais uma polêmica envolvendo o glúten e até pouco tempo atrás o que sabíamos se resumia a poucos fatos já que existia poucos trabalhos na área e todos ligados a crianças obesas com doença celíaca Então se você me perguntasse sobre o assunto eu diria que parece que sim, mas...
Eu poderia tentar explicar esta associação através de diversos pontos de vista, mas eram apenas meus pontos de vista, então eu diria:
- Como o glúten forma uma reação imunologia inflamatória e alguns estudos mostram que a inflamação crônica aumenta o tecido adiposo que por sua vez aumenta a inflamação e está inflamação está por detrás do aparecimento da síndrome metabólica, o glúten pode sim ser responsável pelo aumento da obesidade, mas isto explicaria apenas aquela porção da população que tem algum grau de intolerância ao glúten, mas não os que não tem, se bem que a obesidade é multifatorial....
- Eu poderia pensar no fato de que algumas pessoas produzem glúteo morfina que é um opioide que pode levar ao vício, isto é altamente plausível e já constatado pela ciência que o indivíduo obeso é tão dependente da comida como o alcoólatra do álcool e o drogado das drogas, mas o obeso também é viciado em açúcar, então também seria mais uma causa, bem plausível por sinal, mas mesmo assim...
Até que no final do ano passado, meu amigo, dr Frederico Lobo, postou no nosso grupo um artigo que estava fumegando por ter saído do forno naquele momento.
O artigo em questão, acabará de ser publicado no Journal of Nutritional Biochemestry paceito em 13/ agosto de 2012 e com direitos reservados pela ELSEVIER, uma instituição altamente respeitável. Meu maior espanto e felicidade foi descobri,r quando analisava as credenciais dos autores, que este trabalho foi realizado na Universidade Federal de Minas Gerais, isto deve ser ressaltado para que vocês saibam que nós produzimos material cientifico de qualidade.
Bom mas vamos ao trabalho é lógico que de uma maneira resumida, mas importante de ser conhecida: Os pesquisadores pegaram um grupo de ratos que foi dividido em dois. Estes ratos foram alimentados com uma dieta idêntica em porcentagem de calorias, carboidratos, gorduras e proteínas Não foi feito restrição na quantidade, portanto a dieta era livre para ambos os grupos, apenas o que diferia entre eles é que num grupo havia a presença de glúten e no outro a dieta era glúten-free. No final do processo estes ratos foram sacrificados e os resultados foram os seguintes:
- o grupo que foi alimentado com uma dieta contendo glúten apresentou maior quantidade de tecido adiposo, maior grau de inflamação e de resistência insulínica o que foi pouco observado no grupo controle com dieta isenta de glúten.
Os pesquisadores conseguiram avaliar que os ratos que consumiram uma dieta livre de glúten possuíam um melhor metabolismo dos carboidratos e gorduras com um menor acumulo de triglicerídeos por terem a expressão aumentada de PPARS , sendo que estes estão intimamente ligados ao metabolismo energético, além de terem um menor grau de macrófagos infiltrado no tecido adipotartárico assim como de adesão leucocitária, diminuição das citocinas inflamatórias, dos níveis de PCR, da glicemia, da insulinemia e do índice HOMA. Menor quantidade de lipídeos acumulado no tecido adiposo pois PPAR aumenta a mobilização de lipídeos e oxidação do mesmo favorecendo um menor estoque adipotartárico.
Este trabalho é pioneiro na área e acabou dando respaldo cientifico para que realmente possamos indicar uma dieta livre de glúten para indivíduos obesos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário